Diários de ônibus, trens e até caminhão...

A ideia de um blog surgiu da intenção de mostrar meu Diário de Bordo a todos os amigos e da impossibilidade de fazê-lo com a rapidez que eu gostaria. Vai ele agora entrar na rede!

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Local: Divinópolis, MG, Brazil

17.10.05

Dia 12 – terça-feira 19/07


- Arequipa-Lima, Lima-Huaráz -

A viagem até Lima, pra mim, foi bem tranqüila – simplesmente desmaiei e não vi nada. Acordei com o ônibus parado numa cidade que não sabia qual era e com um recado do ajudante do motorista que não entendi bem porque ainda estava meio dormindo, mas que fez todos descerem chateados. O Uans me disse que o motorista conseguiu quebrar o câmbio do ônibus por pura barbeiragem e na rua é que soube que estávamos já em Lima, mas longe do nosso posto de chegada. Chamamos um táxi e dissemos simplesmente “Para o terminal rodoviário.”, e o cara não entendeu. Explicamos com várias palavras e nada. Como ele queria cobrar 15 Soles, agradecemos e chamamos o de trás: 9 Soles. O de trás pediu 8 Soles. Uma moça que viu o nosso aperto chamou outro que cobrava 5 Soles – salvou a nossa chegada e ainda se achou no direito de me passar uma cantada! Depois de tentar explicar em vão pra onde queríamos ir, entendemos pelo taxista, muito mais educado e gente boa que os outros, que Lima não tem um terminal rodoviário, mas várias agências de viagem espalhadas. Assim, tivemos que rodar pelo centro pra pesquisar preços pra Huaráz. Compramos a passagem pra noite e fomos garantir o almoço. Comemos nosso pollo con papas fritas, o nosso menu oficial no Peru e o Uans, que acabou, pra variar, antes de mim, saiu pra “resolver umas coisas" me deixando de molho assistindo TV no restaurante e vigiando as mochilas. Assisti a Os Simpsons, Chaves (experiência única vê-los em espanhol!) e outros programas até que, no final da tarde, aparece o indivíduo dizendo, depois que finalmente aliviei meus joelhos, que no seu passeio visitou duas feiras, uma de artesanato e outra de importados. Faltava pouco pra saída do ônibus, mas agora eu também queria ir. Deixamos as malas no guarda-volumes e foi correndo que visitei o Centro de Lima com o Palácio de Justiça ao final da avenida, o museu e outros belíssimos prédios que não faço a menor idéia do que sejam. Voltamos também correndo pro nosso terminal e fomos informados de que o ônibus de 21h45 tinha sido cancelado (sem dizerem o motivo, que logo adivinhamos: poucos passageiros) e, assim, nos colocaram no de 22h45 – muito mais chique, sem termos que pagar nada além. Voltamos à feira internacional e o Uans comprou uma mochila pequena pra diminuir meu mico perto das sacolas de plástico que ele levava até então. O melhor ônibus internacional que pegaríamos! Comemos um projeto de sanduíche banhado a Inca Kola (só de graça mesmo pra encarar aquele refrigerante amarelo) e viajamos quase totalmente deitados a noite toda.