Diários de ônibus, trens e até caminhão...

A ideia de um blog surgiu da intenção de mostrar meu Diário de Bordo a todos os amigos e da impossibilidade de fazê-lo com a rapidez que eu gostaria. Vai ele agora entrar na rede!

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Local: Divinópolis, MG, Brazil

17.10.05

Dia 3 – domingo 10/07


- Cataratas de Puerto Iguazú (Argentina) -

Como o lado brasileiro das cataratas não abre aos domingos, fomos visitar o argentino primeiro. Pegamos um coletivo para Puerto Iguazú e, de lá, outro para as cataratas – a estrada é muito bem cuidada com um gramado que a acompanha dos dois lados. A entrada é bastante organizada e uma guia de lá me perguntou se eu era espanhol – ela não seria a única, nessa viagem. Andamos muito no parque todo. É tudo impressionante! Daquele lado temos uma vista da parte de baixo das quedas e muito contato com a mata. No final, pegamos o famoso trenzinho até a Garganta del Diablo – alucinante! fantástica! Uma queda enorme em forma de U e uma vista geral das quedas brasileiras – sem dúvida o supra-sumo do dia! Aproveitamos pra comprar de uma vez a passagem de Puerto pra Salta pra noite seguinte. Voltamos à noite e, indicados pelo cara do albergue (só havia gringos no albergue e o único brasileiro, um cara que trabalha lá, também falava com sotaque inglês!) fomos procurar um rodízio de pizzas. Saiu bem mais barato que as carnes da noite anterior, apesar de as pizzas serem bastante modestas e os garçons servirem com muitíssimo mais freqüência as que não queríamos ver. Depois de uns 15 pedaços pra cada, voltamos pra dormir muito pra mais exercício na segundona muito braba – Ai que preguiça! Quando chegamos ao albergue, fomos avisados de que nossas malas tinham sido trocadas de quarto porque duas meninas que haviam reservado um chegaram e, na ausência de outro, ficaram com o nosso. Descemos, o brasileiro com sotaque nos mostrou nossas camas e vimos que apenas parte do que era nosso estava lá. Voltamos ao antigo quarto, incomodamos as duas pra pegar o resto das mochilas (ainda havia algumas lá!), tomei meu banho (agora no próprio quarto) e deixei minhas coisas todas jogadas na cama pra arrumar mais tarde, mas só depois de uma pesquisa na net e alguns e-mails. Enquanto o Uans fazia isso (só havia dois computadores, mas pelo menos eram de graça), fiquei no barzinho do hostel batendo papo com os gringos – um argentino (seria clichê dizer que era fã do Maradona?), uma espanhola, uma boliviana, um suíço e um inglês. O Uans desceu pra dormir e eu assumi o posto. Fiquei um tempo considerável além dos 20 minutos permitidos e um gringo que só falava inglês mas que tinha cara de japonês ficou lá esperando (e pressionando) a minha saída. Tudo pronto, desci pra dormir e um velho que só ficava no quarto e também só falava inglês me avisou, depois do meu susto ao não encontrar minhas coisas na cama, que o tal do japa tinha chegado no quarto e simplesmente tirado minhas coisas da cama e colocado no chão porque “aquela era sua cama”. Se soubesse disso, teria dormido na cadeira, mas não tinha saído daquele computador. Me arranjei numa cama e dormi bem, apesar do inglês, com quem tinha conversado lá fora e que dormiu no mesmo beliche que eu, ter chegado por último e feito muito barulho antes de deitar.